A Editora Cyberus lançará uma antologia de contos através de um concurso literário para autores de língua portuguesa. A antologia “Microdoses Cyberpunk” será composta por até 50 contos.
Tema: Cyberpunk. Prazo: Vai até às 23h59 do dia 16 de outubro de 2022. Divulgação do resultado: A lista com os(as) aprovados(as) será liberada a partir do dia 25 de outubro de 2022, nas redes sociais da Editora Cyberus. Previsão de lançamento: Outubro, 2022, em uma campanha de financiamento coletivo "tudo-ou-nada". Regulamento 1 – Participação 1.1 – O concurso destina-se a escritores de língua portuguesa. Os escritores podem ser residentes de qualquer país, desde que maiores de 18 anos; 1.2 – A inscrição é gratuita e nenhum valor será cobrado dos candidatos para participação no concurso, ou posteriormente, na publicação da antologia; 2 – Orientações 2.1 – Os contos precisam ser inéditos; 2.2 – Os textos deverão ser encaminhados para o e-mail [email protected] com o título MICRO, respeitando o seguinte formato: Arquivo Word (não aceitaremos PDF), espaçamento 1,5 entre linhas; fonte Times New Roman (12); O conto precisa estar revisado; O conto precisa ter o título e o nome do autor (nome que irá aparecer no livro) no início do mesmo, no formato descrito anteriormente; O conto deve ter um máximo de 500 palavras, no formato descrito anteriormente;
Maurício Coelho nasceu em Belém, PA. É formado em letras-inglês pela UFPA. Publicou Fogo Fátuo (2014) e Notívago (2015). Contato: [email protected]
2.3 – Poderá participar do concurso com somente um conto; 2.4 – Não serão aceitos fanfics; 2.5 – Não serão aceitos contos que incitem, glorifiquem, defendam ou demonstrem de forma positiva: estupros, uso de drogas, racismo, LGBTfobia e preconceitos no geral; 3 – Publicação 3.1 – A antologia terá até 50 contos participantes. Dentre os quais, aqueles escritos pelos autores selecionados através deste concurso, podendo haver a participação de autores convidados pela Editora Cyberus; 3.2 – Será realizado um financiamento coletivo (crowdfunding) para que a obra seja publicada; 3.3 – O tipo da campanha será tudo ou nada, na qual a obra só será financiada se atingirmos 100% ou mais; 3.4 – O livro digital (e-book) será vendido através do site de financiamento coletivo (crowdfunding). Após o término da campanha, estará à venda em sites especializados (por exemplo, Amazon e UICLAP); 3.5 – Os autores não são obrigados a participar do projeto de financiamento coletivo (crowdfunding), mas é de suma importância sua divulgação para atingirmos a meta estabelecida e financiarmos o livro; 3.6 – Será criado um grupo no WhatsApp com os autores selecionados para divulgarmos o financiamento coletivo (crowdfunding). 4 – Direitos autorais 4.1 – Todos autores receberão um exemplar do livro em formato digital (PDF ou outro formado escolhido pela Editora Cyberus). Importante · Nos limitamos a não justificar o motivo da não aceitação do conto. · O(a) participante se responsabiliza por responder isoladamente em caso de plágio e afins. · Dúvidas enviar para: [email protected] Entre no nosso grupo de WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/H3TTgfqiOpQJH7h4pct1mD
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Qual a importância dos zumbis na ficção? Chamamos alguns autores de A NOITE EM QUE A TERRA MORREU para responder a esta questão.
O misticismo em torno dos zumbis e o mistério sobre a sua verdadeira natureza fez deles uma fonte imensa de inspiração para a ficção. Desde criaturas servis sem vontade própria a terríveis monstros comedores de carne humana eles se tornaram parte eterna do panteão das grandes ameaças como vampiros, lobisomens e entidades sobrenaturais. Com o passar dos anos tornaram-se sinônimo de apocalipse e extinção, um perigo que pode se tornar real da noite para o dia. Vampiros temem o Sol, lobisomens temem a prata e os zumbis não temem nada! — Giulianno Liberalli Uma das criaturas mais utilizadas seja a figura do zumbi, é e foi bastante recorrente o uso dele para destacar a natureza humana; utilizar mortos-vivos para testar a humildade dos vivos. — Pedro Icaro Os zumbis representam o oposto da humanidade. Ver (ou ler) uma pessoa que perdeu a humanidade e se comporta como um animal mexe com o emocional do leitor. Na ficção, além de passar a imagem do terror, passa também por uma questão psicológica e social, pois deixa a pergunta: como você se comportaria ao se deparar com uma invasão zumbi? A importância seria a de gerar reflexões sobre um possível caos na sociedade. — José Júnior Os Zumbis têm uma função bastante importante na ficção. Tanto andando lado a lado com a realidade de uma possível cura ou vírus que se espalhe por aí ou sendo algo como o fim dos tempos ou maldição ou mesmo sendo relacionados com a fantasia em cenários mais voltados para a magia onde um necromante pode erguer corpos e controlá-los. O "zumbi" abre esse conceito de pós-morte, onde toda a vida do "zumbificado" foi perdida e apenas a carcaça dele está ali. Mostra que essas criaturas podem apenas morder levemente seu corpo que você está condenado a se tornar como ele também. — Vinicius Peron QUAL A IMPORTÂNCIA DO BIOPUNK PARA A FICÇÃO CIENTÍFICA?
Está em pré-venda no Catarse o segundo volume da antologia BIOPUNK, mas qual a importância desse subgênero para a FC? Convidamos os autores para responder! A diversidade de temas é importante para o público em geral. Quanto maior a quantidade de conhecimento, melhor. O Biopunk é essencial para quem não conhece ainda este tipo de narrativa e mostra as possibilidades, as realidades, os desastres, os personagens e as mensagens de alerta pronunciadas pelos profetas do apocalipse, seriam eles loucos ou visionários? — Emerson Monteiro O biopunk é uma ferramenta adicional para explorarmos os futuros distópicos, trazendo outro ponto de vista com grande potencial de exploração. Ele dá um novo fôlego para a ficção científica ao nos fornecer uma alternativa crível ao tema de dominação das máquinas. — Maykel dos Santos Braz O Biopunk é uma vertente para mostrar o quão longe o ser humano está disposto a manipular a sua realidade e seus semelhantes em nome da ciência e da prosperidade, ou mesmo dos seus próprios ideais. Essas intervenções que vem de governos autoritários ou empresas poderosas, oprimem aqueles em condições desfavoráveis, na maioria das vezes, tem consequências inesperadas, colocando não só um grupo de pessoas em risco, como toda população e até o próprio planeta. — Sorihel Aguirre Por ser um gênero que explora onde explora um futuro onde há a mistura do biológico com o tecnológico, diferente um pouco dos outros gêneros do punk, o biopunk é o que nós podemos estar mais perto de chegar. — Nícolas Maurício A ficção científica é utilizada para pensar em possibilidades de uma realidade possível… É diferente da fantasia e da aventura, que criam cenários quase impossíveis para uma pessoa comum, né? Mas na FC nós temos essa chance de refletir questões que nos abordam – a tecnologia, o meio ambiente, o ser humano em cenários distópicos. Claro que muitas das realidades representadas na FC parecem longe do nosso dia a dia, mas sempre tem um ponto ao qual podemos nos relacionar. E no biopunk isso é intensificado. O biopunk, por ter mais foco na relação entre o ser humano e a evolução tecnológica, se torna capaz de aprofundar as reflexões sobre problemas ambientais, sobre as nossas visões dos nossos corpos, sobre a ética e sobre a nossa relação com a natureza. Em tempos de diversos problemas ambientais e de falta de consciência do outro (ser humano ou natureza), o biopunk é uma vertente da FC muito útil para nos conscientizar sobre os nossos erros. — Leonardo Torre O biopunk apresenta uma maneira bem relevante de se discutir assuntos relacionados à bioética que vão desde coisas mais "simples" como o controle de sementes transgênica e os royalties relacionados ao seu uso até mesmo aspectos mais complicados como melhoramento genético humano, prolongamento da vida e criação de condições artificiais de existência. De Gattaca a Jurassic Park, todos esses elementos biopunks vão apresentando discussões em vários âmbitos da vida para que assim se construa uma visão mais ética desta. — Gutenberg Löwe Acredito que o Biopunk, assim como todos os gêneros derivados de "punk", nos faz questionar o que pode acontecer se tecnologias inovadoras forem usadas de formas indevidas, alterando nosso rumo em direção distopia futurista, extrapolando problemas do presente. Existem muitas coisas que podem ser categorizadas como Biopunk que muitas pessoas nem sabem, como Resident Evil, por exemplo (zumbis biopunk). Também cito Schismatrix Plus, de Bruce Sterling: Uma Space Opera interplanetárias em que uma sociedade Biopunk (Shapers) luta contra uma sociedade Cyberpunk (Mechanists), mas, estranhamente, os Shapers parecem mais próximos da utopia: Eles são belos, sábios e longevos, apesar de sua sociedade também ter um lado sombrio. As distopias costumam extrapolar as ansiedades do presente para um futuro terrível, e o Biopunk não é diferente: Temos medo de modificações genéticas, clonagem, drogas, overdoses, modificações corpóreas, empresas farmacêuticas... Ao mesmo tempo que temos fascínio por esses temas. — Gabriel Romero Ricardo 1. Fale um pouco sobre você: 2. Você divulga seu trabalho nas redes sociais? 3. Pensando em inspiração, quem te influencia? 4. Como surgiu a ideia do conto selecionado? Qual foi a maior dificuldade em escrevê-lo? 5. Algum conselho para quem está começando a escrever? 1 - Sou um jovem carioca que sonha muito - até demais. Além da família, casa e dois cachorros, está bem destacado, na minha lista de planos, o meu maior sonho: viver de contar histórias. Desde que me entendo por gente, as histórias são o que me formam, me ensinam e fazem continuar me movendo, sempre focado neste objetivo. Estou prestes a concluir meu bacharel em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense e, enquanto os filmes ainda estão sendo planejados, vou ocupando a mente com a escrita de jornadas que transcendem tempo e espaço: terror, fantasia e ficção científica são o meu foco, sendo territórios onde consigo explorar melhor o meu potencial criativo. Seja no futuro distante, no passado longínquo ou até mesmo numa realidade alternativa, é a humanidade das personagens e suas interações com o mundo ao seu redor que mais me interessam.
2 - Sim, através do meu perfil profissional no Instagram (@renatotmayr_oficial) e pelo meu blog, onde posto contos inéditos e trechos dos meus livros recém lançados (rtmayr.wordpress.com). 3 - O primeiro grande realizador que me inspirou, de fato, foi Steven Spielberg. Até hoje, o considero um dos maiores contadores de história que já existiu, com meu amor e admiração pelos seus filmes crescendo cada vez que os assisto novamente. Minha paixão pelo mistério e suspense apenas afloraram, contudo, ao descobrir as obras de Stephen King e H. P. Lovecraft. O segundo me ensinou a dar asas para minha imaginação, enquanto o primeiro me mostrou como as personagens são importantes para se contar uma boa história. 4 - A ficção científica sempre me cativou, tanto quanto a fantasia, por funcionar numa chave adjacente a esta - criando mundos cheios de possibilidades físicas, tangíveis, focando mais na especulação, no lugar da abstração fantasiosa. As possibilidades para explorar dramas humanos e questões filosóficas são quase infinitas, por isso achei um tanto difícil arranjar um tema específico para abordar em "Sem Fim", meu conto ingressante na antologia Biopunk Vol. 2. Me deparando acidentalmente com uma notícia sobre regeneração celular e uma possível interrupção do envelhecimento, me perguntei quais seriam as consequências da vitória da Humanidade sobre seu maior oponente: o Tempo. Surgiu assim, aos poucos, a história de três grupos de personagens que lidam diretamente com essa noção temporal: um time de restauradores de arte, um império galáctico imortalizado pelo domínio da engenharia genética e um grupo de rebeldes suicidas, que luta para fazer seu sacrifício valer como exemplo numa luta pela liberdade do espírito humano. 5 - Apenas escrevam. Tudo e qualquer coisa, sem dar ouvidos a ninguém - principalmente àquela voz na nossa cabeça, que vez ou outra surge para nos desencorajar. Sonhe, imagine, pense. E então escreva. 1. Fale um pouco sobre você: 2. Você divulga seu trabalho nas redes sociais? 3. Pensando em inspiração, quem te influencia? 4. Como surgiu a ideia do conto selecionado? Qual foi a maior dificuldade em escrevê-lo? 5. Algum conselho para quem está começando a escrever? 1. Sou o P. H. Martinez, estudante de Psicologia, nascido e criado em Belém/PA. Desde criança gosto de escrever histórias e, desde 2019, venho realizando publicações em editoras independentes.
2. Sim, por meio do meu perfil no Instagram (@phmartinez.writer). Por lá, divulgo os financiamentos coletivos das antologias que eu participo. 3. Tenho como principais influências literárias. Stephen King, China Miéville, Margaret Atwood, Chuck Palahniuk, Neil Gaiman, Ursula Le Guin, Philip Pullman, William Gibson e Philip K. Dick. Além deles, muito do que escrevo vem de mangás, videogames (talvez minha maior influência de todas), HQ 's, séries de televisão e músicas. 4. Geralmente as minhas idéias partem de coisas simples, e essa não foi exceção Tive essa ideia enquanto esperava em uma parada de ônibus; o resto veio em sequência, toda a ambientação e protagonista. Acho que a maior dificuldade foi manter a história com os pés no chão e evitar que virasse um banho de sangue sem motivos. 5. Meu conselho é: planeje a história e personagens. Dessa forma, será mais fácil passar para o papel a ideia (claro, deixando espaço para improvisos e mudanças, senão corre o risco de criar uma obra engessada, presa demais ao roteiro). 1. Fale um pouco sobre você: 2. Você divulga seu trabalho nas redes sociais? 3. Pensando em inspiração, quem te influencia? 4. Como surgiu a ideia do conto selecionado? Qual foi a maior dificuldade em escrevê-lo? 5. Algum conselho para quem está começando a escrever? 1 - Meu nome é Kelvin Rosa Ribas, nasci e cresci nos suburbios da cidade do Rio de Janeiro. Trabalho com educaçao infantil há 6 anos. Sempre gostei de escrever, mas esta é minha estreia publicando algo ficcional, talvez seja um primeiro passo, talvez só mais um dos momentos aleatório da minha vida. De todo modo, fiquei feliz com o resultado e espero que os leitores gostemndo produto final.
2 - Não. Como falei, é a primeira vez que tento verdadeiramente publicar um trabalho ficcional meu. Então no momento não tenho nenhum meio de divulgação, estou apenas tentando compartilhar o prijeto no catarse para o maior número de pessoas possível. 3 - Tenho que admitir que não sou tão ávido leitor quanto gostaria, em sua maioria leio mais artigos ou livros acadêmicos do que ficção. Alguns dos autores que admiro são Patrick Rothfuss (autor de "A Crônica do matador do rei") e George R. R. Martin (autor de "Crônicas de Gelo e Fogo), além deles Kafka (autor de "metamorfose") e Leblanc (criador de "Lupin") tem um lugar especial em meu coração. 4 - Eu sempre tive medo de zumbis. Não tinha a ver com a morte dolorosa ou as criaturas em si. Para mim o que define uma pessoa é sua experiência de vida que molda o seu jeito de pensar e agir. Zumbis são a morte definitiva em minha perspectiva, eles são o apagamento de sua consciência e por extensão e sua existência, ao virar um zumbi a pessoa tem sua essência apagada para sempre e é resumida apenas a seu instinto mais primordial, a fome. A humanidade perdida desse modo jamais se é recuperada e por isso resolvi escrever o conto da persoectiva de alguém que foi mordido por um zumbi e sabe o que lhe espera logo mais. Creio que o mais dificil foi a ambientação. Construir a atmosfera certa para o que você quer trabalhar exige tempo e muita persistência. Perdi as contas de quantas vezes escrevi e apaguei parágrafos inteiros, mas não consegui parar até me sentir satisfeito com o que tinha escrito. 5 - muitos falam que você tem que ler bastante, e é verdade. Mas acho que o mais importante é produzir, seja o que for. Escreva cenas, cenários, diálogos. Coloque o que pensa no papel, pois só assim você consegue verdadeiramente criar uma voz narrativa própria. Para alguns a rotina é a resposta, para outros é ceder a inspiração e parar o que está fazendo quando ela vier. Não foque tanto nas ideias, pois ideias vem e vão, elas só quebram a barreira material quando postas no papel, antes disso elas são como ventos sobre o mar sem uma vela para soprar, ou seja, de nada valem. 1. Fale um pouco sobre você:
Meu nome é Sorihel Kretschmer Aguirre, Gosto muito de fantasia e ficção científica. Sou fã de megadrive, da Motrha e do Grogu. Sonhava ser astronauta, canhoto raiz, nascido em Brasília, gaúcho de coração. 2. Você divulga seu trabalho nas redes sociais? Não. 3. Pensando em inspiração, quem te influencia? Acho que a inspiração está em todo lugar, principalmente ao nosso redor. 1984, neuromancer, fundação, NÓS, farenheit 451, são grandes referências para mim. 4. Como surgiu a ideia do conto selecionado? Qual foi a maior dificuldade em escrevê-lo? Acredito que toda estória deve trazer uma reflexão. Pensando nisso e nos pilares do Biopunk, o conto que escrevi quer mostrar o quão longe pode ir uma empresa, que se apresenta como milagrosa, pode chegar para atender seus interesses. A maior dificuldade foi encontrar fontes seguras sobre o tema para tornar a estória mais verossímil. 5. Algum conselho para quem está começando a escrever? Consumir conteúdo sobre aquilo que se quer escrever é fundamental. 1. Fale um pouco sobre você:
“Me chamo Lucas Eugênio Serafim da Silva, daí veio o “Lucas Serafim”. Sou estudante de licenciatura em Letras pela FAM, vivo no Grajaú em SP e escrevo desde o ensino fundamental. Minha primeira tentativa de escrever um livro foi em conjunto com alguns colegas de escola, era um romance policial que nunca foi pra frente, na época eu lia bastante Agatha Christie. Hoje em dia estou totalmente focado em contos, de diversos gêneros, embora há pouco tempo tivesse foco total em histórias inspiradas no folclore nacional e em personalidades de religiões de matriz africana. Também participei da antologia Mundos Fantásticos: folclore, volume dois.” 2. Você divulga seu trabalho nas redes sociais? “Esse é apenas o meu segundo trabalho publicado, no primeiro usei o meu Facebook, Lucas Serafim. Também tenho o perfil @carcaraliterato no Instagram; no entanto, não o atualizo muito.” 3. Pensando em inspiração, quem te influencia? “É difícil dizer: depende bastante de “quando” e do “quê”. Quando eu comecei a escrever só queria saber de romance policial e emulava bastante Agatha Christie. Quando comecei a escrever contos só queria saber de Luis Fernando Veríssimo, que na realidade escreve mais crônicas, e conforme fui amadurecendo como leitor, em partes graças ao curso de Letras, me deixei influenciar bastante pelo modernismo brasileiro e também pelas músicas da MPB. Então, só posso dizer que minhas inspirações literárias dependem do que eu vou escrever (terror, romance, fantasia, hot) e de como vou escrever (se será uma prosa mais seca ou mais poética, se terá uma estrutura mais clássica ou mais contemporânea, se eu vou usar discurso direto ou indireto e etc.).” 4. Como surgiu a ideia do conto selecionado? Qual foi a maior dificuldade em escrevê-lo? “A ideia do conto surgiu de uma fusão de três fatores: uma viagem recente à cidade de Volta Redonda, o filme “Night of the living dead” de George A. Romero e algumas leituras introdutórias que eu estava fazendo sobre a teoria marxista. Eu só juntei tudo e o conto nasceu. “E com certeza a maior dificuldade em escrever esse conto foi o encerramento, eu queria algo mais ambíguo e eu sou terrível com ambiguidade, pois eu tenho o péssimo vício de falar demais e entregar tudo de bandeja para o leitor, sem falar no medo de abordar o assunto que abordei com o conhecimento raso que eu tenho e nesse contexto no qual qualquer coisa que aparente ser marxista é atacada e tida como ‘doutrinadora’.” 5. Algum conselho para quem está começando a escrever? “Eu também sou um iniciante e preciso de dicas! Mas, uma coisa que eu gostaria de ver nos debates entre novos autores é: tenha consciência de que literatura é arte e arte não possui regras, maioria os manuais de “como escrever um livro” (deixando bem claro que não me refiro a teoria literária) são cheios de receitas de livros com apelo mercadológico (que é importante, diga-se de passagem), mas os meus colegas novatos ficam presos a esses manuais e acabam achando que tudo tem regra e aí surgem perguntas como “quantas páginas um livro precisa ter?”, “posso escrever um livro com capítulos em 3a pessoa intercalados com capítulos em 1a pessoa?” e por aí vai! Na verdade você pode fazer bastante coisa, não existem dúvidas sobre escrita que o próprio ato de ler não responda.” 1. Fale um pouco sobre você:
Meu nome é Viviane Afonso, mas todos me conhecem como Vivis. Amazônida, nascida em Manaus, sou acadêmica em Psicologia e freelancer em design editorial. Quando comecei a ler, mergulhei nos gibis, quadrinhos e mangás. O primeiro livro que li foi "O pequeno Príncipe" e ele foi quem escancarou a porta desse universo para eu adentrar. Os meus gêneros de escrita são fantasia e poesia/prosa poética, mas por ter me dedicado a trabalhar nos livros de outros autores como capista, revisora e leitora crítica e/ou sensível, deixei de lado a minha própria criação. Agora, decidi que vou olhar com carinho para minhas obras, e finalmente me chamar de escritora. 2. Você divulga seu trabalho nas redes sociais? Vou começar a divulgar no meu instagram @vivisafonso . 3. Pensando em inspiração, quem te influencia? Desde pequena eu sou apaixonada por mitologia, folclore, animes, mangás, arte, cinema e literatura. 4. Como surgiu a ideia do conto selecionado? Qual foi a maior dificuldade em escrevê-lo? Quando eu encontrei o edital da antologia, fiquei pensando pelo resto do dia: "eu nunca pensei em escrever algo sobre zumbis, será que eu consigo?" Acabou que, sonhei com zumbis e com o desfecho do conto que escrevi. Freud explica! (risos). Para mim, o mais difícil foi narrar a história com um tema tão presente em nossa vida ainda: a pandemia. Porque dói. 5. Algum conselho para quem está começando a escrever? É importante estudar também e consumir (livros,filmes etc) para ter um bom repertório para se inspirar. E escreva! Escreva tudo o que vier em sua mente. Isso é a prática! Depois, você lapida: tira o que não vai usar, acrescenta mais ao que já tem...Apenas escreva! Vai chegar o momento em que você vai encontrar seu próprio estilo. Estilo esse, que pode passar por transformações no decorrer da sua trajetória, e tá tudo bem. 1- Me chamo Felipe Monteiro. Sou redator e roteirista publicitário em Maceió. Os livros que minha mãe lia e os causos interioranos que vinham de minha avó me trouxeram a paixão pelas histórias. Hoje, aos 27 anos, procuro histórias novas o tempo todo. Minhas ou de outras pessoas. Longe da figura do autor recluso, é das minhas próprias experiências que vem a inspiração para o meu trabalho. Por isso, não perco uma oportunidade de observar o movimento na rua, encontrar pessoas, ou fugir para a praia. Sempre volto com alguma ideia. 2- O edital da Cyberus foi o primeiro que resolvi participar. Não costumo divulgar meus trabalhos, além da esfera publicitária. Meus contos permaneceram guardados por anos. Abri exceções apenas para pessoas muito próximas e foram justamente elas que me convenceram a começar a botar as histórias no mundo recentemente. 3- Na literatura, o estilo ríspido de Graciliano Ramos, os questionamentos de Camus, o horror psicológico de Edgar Allan Poe e a ironia de Douglas Adams foram essenciais para encontrar a minha escrita e temas, ainda que eu não ache o meu estilo parecido com nenhum deles. Sendo um apaixonado por cinema, também me inspiro em grandes mestres como Tarkovski e Bergman. Por mais diferentes que sejam todos esses nomes, todos têm duas coisas em comum: focar num micro (personagem) para discutir o macro (contexto), e o uso necessário de vocabulário. Em poucas palavras, não há enrolação. Jogam o foco para a criação, e não para o criador. 4- Nos últimos meses, tenho estudado o Cangaço como movimento. Voltando às inspirações, “Cangaços” de Graciliano foi uma obra que li recentemente e me fez mergulhar nesse mundo. Vi o edital da Cyberus e as duas coisas se misturaram na minha mente. O clássico “E se…?”. Creio que a maior dificuldade tenha sido que a história me pedia interações que beiravam a ação como gênero. Um bando de cangaceiros, todos armados, enfrentando zumbis. Algo numa escala bem diferente do minimalismo que tenho costume de escrever. Fiquei feliz com o resultado. 5 - Encontre o equilíbrio entre estudo e prática. Vejo muita gente achando que já sabe escrever, que não precisa estudar estruturas e elementos narrativos pois já tem seu próprio estilo, trazendo histórias genéricas, que não prendem quem lê. Para quebrar regras é preciso conhecê-las. Por outro lado, já conheci pessoas que estudavam o storytelling com tanto afinco que era a única coisa que faziam. Gastaram anos sem produzir nada. Esperavam o momento em que saberiam tudo para trazer a história perfeita. Os que criaram coragem para produzir se depararam com a barreira absurda da prática, a criatividade. Dezenas de estruturas narrativas na cabeça, e nenhuma história. Por vezes, travavam na escolha das palavras. Pratiquem! |
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