Título: O homem artificial Autora: Clare Winger Harris Tradução: Caroline Dias Gabani Editora: Cyberus e-book Páginas: 14 Só o tempo pode confirmar certas coisas, uma delas foi a participação Clare Winger Harris na literatura. Escrevendo ficção científica que historicamente era vista como um domínio masculino a autora conseguiu sucesso exponencial e nos trouxe textos que se tornaram histórias populares no início do século XX. O conto "O Homem Artificial", até então inédito no Brasil, teve tradução de Caroline Dias Gabani e foi lançado pela Editora Cyberus em formato digital. Nele acompanhamos muito da inovação trazida pela autora em contribuição aos textos de ficção científica. Lançado originalmente no outono de 1929 na revista pulp Science Wonder Quartely nos traz uma história onde a ciência, filosofia e o horror caminham juntos com o leitor. Antes de esquadrinhar o livro em si, é interessante recapitular a trajetória de Clare Winger Harris que ao lado de Mary Shelley e C. L. Moore influenciou e abriu as portas para as novas escritoras do gênero na época e continuou inspirando novas autoras de ficção em épocas mais modernas. Nascida em 18 de janeiro de 1891, é considerada a primeira mulher a publicar histórias com seu próprio nome em revistas de ficção científica. Suas histórias muitas vezes apresentam fortes personagens femininas e frequentemente apresentavam personagens que existiam no limite das "fronteiras da humanidade" à exemplo dos ciborgues. Em "O Homem Artificial" a autora usa do trato criativo da linguagem para nos apresentar o personagem George Gregory, um estudante da Universidade de Austin que é o exemplo de sucesso. Inteligente e com um corpo atlético. Era tanto o capitão do time de futebol, quanto um orador de grande sucesso nos debates entre universidades. Em diversas oportunidades esmiuçava os pormenores e detalhes para definir com propriedade sua maior crença. A perfeição corporal era o resultado do pensamento correto. Até que uma tragédia se abate sobre George e ele acaba sendo tolhido de sua perfeição corporal. Em uma narrativa bem aparada, onde nenhuma palavra sobra e nenhuma palavra falta, somos levados ao sofrimento físico e mental a que o personagem é obrigado a passar. Aquele ser humano que tinha todas as qualidades possíveis passa a questionar tudo, inclusive o amor. A trama centrada na essência humana e sobre os limites entre a ciência e os sentimentos puramente humanos, sentimentos se desenrola entre as discussões e altercações na mente de George abalada pelo evento traumático que o levou a uma guinada não esperada em sua vida. O conto é um construto muito bem arquitetado que gera aquele frio na barriga que sentimos ao entrar em contato com o desconhecido e com os limites da ciência. Sensação que a boa ficção científica carrega de sobra. É um conto que vai agradar tanto fãs de ficção científica clássica, quanto amantes do horror e do desconhecido, pois aborda questionamentos que podem ser deliciosamente curiosos para uns e terrivelmente apavorantes para outros, quaisquer que sejam as preferências literárias o texto escrito pela autora mereceu com todas as honras os elogios e publicações que recebeu ao longo da história. Onde ler: https://amzn.to/2UfJB04 Onde ouvir: https://bit.ly/365XmBs “Longe do aqui e do agora” (pré-venda a partir do dia 05/07/21): https://catarse.me/clarewingerharris — Allan Azevedo
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Ciborgues, cientistas loucos, evolução acelerada, mundos alienígenas e muito mais! Brian Aldiss identificou Frankenstein de Mary Shelley como o primeiro romance de ficção científica. Entretanto, foi publicado mais de um século antes de Hugo Gernsback nomear o campo. Ao pensar na ficção científica do início do século XX, os homens foram os autores predominantes, sejam Edgar Rice Burroughs, A. Merritt ou Murray Leinster. No entanto, as mulheres estavam escrevendo contos do ocultismo durante este período e, eventualmente, uma delas também começou a escrever ficção científica.
A edição de julho de 1926 da Weird Tales incluía um conto intitulado “A Runaway World”, de Clare Winger Harris. Embora a edição também contivesse uma história de Elizabeth Adt Wenzler e edições anteriores também incluíssem contos sobrenaturais escritos por mulheres, a história de Harris era diferente porque era um conto de ficção científica, em vez de ocultismo. Em dezembro de 1926, Hugo Gernsback fez um concurso em sua nova revista de ficção científica, Amazing Stories, pedindo a seus leitores uma história que explicasse a capa da edição daquele mês. A capa mostrava várias figuras quase nuas em um penhasco observando um transatlântico flutuando sobre uma cidade estranha. Gernsback ficou surpreso ao receber um conto de uma mulher. Embora sua história, "The Fate of the Poseidonia" só tenha levado o terceiro prêmio no concurso, quando o nome de Harris apareceu ao lado dele na edição de junho de 1927, era o único nome feminino no índice e, de fato, foi o primeiro nome feminino a aparecer em uma história na Amazing Stories. Na verdade, ao quebrar a barreira do gênero, ela fez Gernsback escrever: “Que a vencedora do terceiro prêmio provasse ser uma mulher foi uma das surpresas do concurso, pois, via de regra, as mulheres não são boas escritoras de cientificação, porque sua educação e tendências gerais em assuntos científicos são geralmente limitados. Mas a exceção, como de costume, prova a regra, a exceção neste caso sendo extraordinariamente impressionante.” A carreira de Harris foi relativamente curta. Entre o aparecimento de “A Runaway World” em 1927 e sua história final, “The Ape Cycle”, no início de 1930, ela publicou apenas onze histórias, incluindo uma em conjunto com Miles J. Breuer, um autor razoavelmente prolífico que estreou no páginas de Amazing Stories seis meses após a publicação da primeira história de Harris. Suas histórias apareceram não apenas em Amazing e Weird Tales, mas também em Wonder Stories Quarterly e Amazing Stories Quarterly. Em 1947, Harris reuniu todas as onze histórias dela e as publicou por meio de uma editora presunçosa com o título de Away from the Here and Now, um livro que foi reimpresso pela Surinam Turtle Press de Richard Lupoff em 2011. E que agora, em 2021, sairá pela Editora Cyberus em homenagem aos 130 anos da autora. Everett Bleiler descreveu “A Runaway World” como “apresentado de forma amadora, embora seja uma boa ideia para a época”. Até Lupoff, um dos maiores incentivadores de Harris, admite que “os leitores de hoje podem achar sua prosa rangente e antiquada...” Os onze contos de Harris cobrem uma ampla gama de tropos reconhecíveis pelos leitores modernos de ficção científica. A viagem espacial aparece em “Baby on Neptune”, enquanto “A Certain Soldier” é uma história de viagem no tempo. “The Menace of Mars”, como o título sugere, trata de uma invasão alienígena, e os próprios alienígenas aparecem em várias de suas histórias. Tanto “The Evolutionary Monstrosity” quanto “The Ape Cycle” tratam de tentativas de alterar a evolução natural, sendo esta última uma reminiscência do planeta dos macacos de Pierre Boulle. “The Fate of The Poseidonia” e “The Artificial Man” se destacam. Ambas as histórias giram em torno de George Gregory, embora as histórias não tenham nenhuma outra ligação. O George Gregory no primeiro está noivo de Margaret Landon, mas estraga seu romance devido à sua curiosidade e rivalidade com Martell. Neste último trabalho, George Gregory é um homem despreocupado e noivo de Rosalind Nelson, até que uma série de acidentes o leva a adotar uma teoria excêntrica e perder tanto sua visão otimista quanto sua namorada. O fato de ambos George Gregory perderem suas noivas leva à questão de saber se houve um George Gregory na vida de Clare Winger em algum momento e qual era seu relacionamento. Infelizmente, pouco se sabe sobre a vida de Clare Winger Harris. Ela nasceu como Clare Winger em Freeport, Illinois, em 18 de janeiro de 1891. Frequentou o Smith College em Massachusetts e em 1912 se casou com Frank Harris, um engenheiro. Após a Primeira Guerra Mundial, o casal mudou-se primeiro para Iowa e depois para Cleveland, Ohio. Seus três filhos, Clyde, Donald e Lynn, nasceram entre 1915 e 1918. Na biografia que acompanhava seu livro, ela explicou que parou de escrever para se concentrar na criação e educação de seus filhos, que teriam desde 12 a 15 quando sua última história apareceu. Harris não foi a primeira mulher a escrever ficção científica. Antes de sua estreia, Gertrude Barrows Bennett publicou ficção científica de 1904 a 1923, influenciando A. Merritt e H. P. Lovecraft. No entanto, como a maioria das histórias de Bennett foi publicada sob o pseudônimo de Francis Stevens, ela não foi reconhecida como uma autora mulher até que Lloyd Arthur Eshbach anunciou sua identidade real em uma reedição de seu romance de 1918, The Citadel of Fear em 1952, quatro anos depois da morte de Bennett. As novas vozes femininas da ficção científica brasileira Organização: Alessandra Soletti São 11 contos, cada um escrito por uma autora diferente. São variados temas abordados em cada um dos contos. Alguns são mais profundos que outros, uns trazem uma crítica social, outros são mais leves, com mais romance e até mesmo uma aventura, mas todos são emocionantes à sua maneira, cheios de sentimentos e que te fazem sentir na pele dos personagens. – Jasmim Borges Alline Souza Amanda Coelho Amanda Kraft Carla Ra Eliane Lewis Fernanda Gabriela Irene Curcelli L. M. Carvalho Maira M. Moura Mariana Luppi Foster Mônica Serra Silveira Confira com exclusividade o book teaser, uma amostra, do que é a antologia Panóptico! Baixe aqui:
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https://www.catarse.me/panoptico Leia o edital atentamente, buscando contemplar os tópicos mencionados abaixo. Sinopse: Prepare o banco de capacitores, ligue as válvulas termiônicas, abrigue-se em sua gaiola de Faraday e contemple: a eletrosfera está no ar! Conheça mundos movidos a eletricidades com a elegância da moda vintage, onde o próprio Nikola Tesla poderá ser o protagonista. Explore lugares rodeados de néon e bobinas, deslumbre uma atmosfera elétrica e recarregue seu handnote sem precisar de fios. Mas, esteja ciente, ainda há regiões que a maravilha da eletricidade ainda não alcançou. Tema: Teslapunk Definição: Teslapunk é um subgênero da ficção especulativa que é semelhante ao steampunk, batizado em homenagem ao cientista e inventor Nikola Tesla, refere-se a narrativas ficcionais ou estilos visuais inspirados nos pioneiros da eletricidade e dos dispositivos elétricos dos séculos 18, 19 e 20. Esta narrativa ou estilo comumente imagina uma história alternativa em que a energia elétrica amplamente disponível (ou gratuita), limpa e muitas vezes altamente portátil substitui todas as fontes de energia anteriores (como madeira, carvão e óleo e os motores a vapor que foram alimentados por elas), mas ainda precisa ser substituído por outras fontes de energia (como diesel ou energia nuclear). Em algumas histórias, as tecnologias de energia livre são amplamente esquecidas nos dias atuais, mas apenas porque foram mantidas em segredo por algum governo ou outra organização que usou as tecnologias para controlar as massas. Requisitos:
Critérios da avaliação: Serão considerados os seguintes critérios: coerência com o tema proposto; originalidade; qualidade literária; ineditismo da obra; Se considerará inédita a obra que não tenha sido publicada, ou que tenha sido publicada parcialmente por meio impresso ou digital. Prazos: O prazo para submissão dos contos vai do dia 05 de junho de 2021 até às 23h59 do dia 01 de agosto de 2021. A lista com as pessoas aprovadas será liberada até o dia 31 de agosto de 2021. Seleção: Serão selecionados até 15 contos para integrarem a antologia. Direitos autorais: Todas as pessoas selecionadas receberão um exemplar do livro em formato digital (PDF ou outro formado escolhido pela Editora Cyberus). Publicação e lançamento: Será publicado exclusivamente em e-book. Lançamento em data a ser posteriormente informada. Notas: Nos limitamos a não justificar o motivo da não aceitação do conto. A pessoa autora se responsabiliza pelo ineditismo e pelos direitos do trabalho, respondendo isoladamente em casos de plágio e afins. Além disso, responsabiliza-se pela veracidade das informações prestadas para a participação no concurso, incluindo possuir a idade mínima de 18 anos. Não serão aceitos contos que incitem, glorifiquem, defendam ou demonstrem de forma positiva: abusos, estupros, condutas criminosas, uso de drogas, suicídio, automutilação, racismo, preconceito e discurso de ódio. As pessoas autoras sempre manterão os direitos sobre seus textos, a Editora Cyberus terá apenas a autorização de publicá-los. Para saber mais:
COELHO, Maurício (org). Teslapunk: contos de realidades alternadas. Disponível em: http://www.editoramadreperola.com/produto/teslapunk-contos-de-realidades-alternadas/ Gêneros Literários #12: Teslapunk. Disponível em: http://alecsilva-escritor.blogspot.com/2017/03/generos-literarios-12-teslapunk.html Mundo Punk (8): O que é TESLAPUNK. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hRki580wIeM Tema:
Cyberpunk Requisitos:
Ineditismo: Todos os textos precisam ser inéditos. Ou seja, não devem nunca ter sidos publicados, seja de forma total ou parcial, por meio físico ou digital. O autor se responsabiliza pelo ineditismo e pelos direitos do trabalho, respondendo isoladamente em casos de plágio e afins. Além disso, se responsabiliza pela veracidade das informações prestadas para a participação no concurso, incluindo possuir a idade mínima de 18 anos. Prazos: O prazo para submissão dos contos vai até às 23h59 do dia 01 de julho de 2021. Inscrições feitas após data e horário limites serão descartadas. Seleção: Serão selecionados até três textos para integrarem a Revista Tricerata. Lançamento: O conto será lançado na oitava edição da Revista Tricerata. Notas: Nos limitamos a não justificar o motivo da não aceitação do conto. O(a) participante se responsabiliza pelo ineditismo e pelos direitos do trabalho, respondendo isoladamente em casos de plágio e afins. Além disso, se responsabiliza pela veracidade das informações prestadas para a participação no concurso, incluindo possuir a idade mínima de 18 anos. Não serão aceitos contos que incitem, glorifiquem, defendam ou demonstrem de forma positiva: abusos, estupros, condutas criminosas, uso de drogas, suicídio, automutilação, racismo, preconceito e discurso de ódio. Algumas coisas para se ter em mente ao enviar:
O(a) participante sempre manterá os direitos sobre seus textos, Editora Cyberus terá apenas a autorização de publicá-los. Dúvidas poderão ser esclarecidas pelo e-mail: [email protected] |
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