1. Fale um pouco sobre você:
“Me chamo Lucas Eugênio Serafim da Silva, daí veio o “Lucas Serafim”. Sou estudante de licenciatura em Letras pela FAM, vivo no Grajaú em SP e escrevo desde o ensino fundamental. Minha primeira tentativa de escrever um livro foi em conjunto com alguns colegas de escola, era um romance policial que nunca foi pra frente, na época eu lia bastante Agatha Christie. Hoje em dia estou totalmente focado em contos, de diversos gêneros, embora há pouco tempo tivesse foco total em histórias inspiradas no folclore nacional e em personalidades de religiões de matriz africana. Também participei da antologia Mundos Fantásticos: folclore, volume dois.” 2. Você divulga seu trabalho nas redes sociais? “Esse é apenas o meu segundo trabalho publicado, no primeiro usei o meu Facebook, Lucas Serafim. Também tenho o perfil @carcaraliterato no Instagram; no entanto, não o atualizo muito.” 3. Pensando em inspiração, quem te influencia? “É difícil dizer: depende bastante de “quando” e do “quê”. Quando eu comecei a escrever só queria saber de romance policial e emulava bastante Agatha Christie. Quando comecei a escrever contos só queria saber de Luis Fernando Veríssimo, que na realidade escreve mais crônicas, e conforme fui amadurecendo como leitor, em partes graças ao curso de Letras, me deixei influenciar bastante pelo modernismo brasileiro e também pelas músicas da MPB. Então, só posso dizer que minhas inspirações literárias dependem do que eu vou escrever (terror, romance, fantasia, hot) e de como vou escrever (se será uma prosa mais seca ou mais poética, se terá uma estrutura mais clássica ou mais contemporânea, se eu vou usar discurso direto ou indireto e etc.).” 4. Como surgiu a ideia do conto selecionado? Qual foi a maior dificuldade em escrevê-lo? “A ideia do conto surgiu de uma fusão de três fatores: uma viagem recente à cidade de Volta Redonda, o filme “Night of the living dead” de George A. Romero e algumas leituras introdutórias que eu estava fazendo sobre a teoria marxista. Eu só juntei tudo e o conto nasceu. “E com certeza a maior dificuldade em escrever esse conto foi o encerramento, eu queria algo mais ambíguo e eu sou terrível com ambiguidade, pois eu tenho o péssimo vício de falar demais e entregar tudo de bandeja para o leitor, sem falar no medo de abordar o assunto que abordei com o conhecimento raso que eu tenho e nesse contexto no qual qualquer coisa que aparente ser marxista é atacada e tida como ‘doutrinadora’.” 5. Algum conselho para quem está começando a escrever? “Eu também sou um iniciante e preciso de dicas! Mas, uma coisa que eu gostaria de ver nos debates entre novos autores é: tenha consciência de que literatura é arte e arte não possui regras, maioria os manuais de “como escrever um livro” (deixando bem claro que não me refiro a teoria literária) são cheios de receitas de livros com apelo mercadológico (que é importante, diga-se de passagem), mas os meus colegas novatos ficam presos a esses manuais e acabam achando que tudo tem regra e aí surgem perguntas como “quantas páginas um livro precisa ter?”, “posso escrever um livro com capítulos em 3a pessoa intercalados com capítulos em 1a pessoa?” e por aí vai! Na verdade você pode fazer bastante coisa, não existem dúvidas sobre escrita que o próprio ato de ler não responda.”
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